Há tempos foi feito um estudo junto à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), aos fabricantes de embalagens de transporte de papelão ondulado e fabricantes de embalagens de transporte plásticas, visando uma otimização, num empilhamento misto das embalagens, num mesmo palete.
As embalagens, nesse caso, eram dimensionadas modularmente, isto é, uma padronização dimensional que permitia o empilhamento misto e preenchia completamente a área da superfície do palete sobre o qual as embalagens eram dispostas para formar a unidade de carga a ser transportada. (As dimensões externas das embalagens eram submúltiplos das dimensões 1000×1200 do palete padrão). Nessa dimensão particular, ambas as embalagens, papelão ondulado e plásticas, já atendiam. O que se procurava solucionar era uma possibilidade de “travamento” entre elas.
Embalagens de papelão ondulado já tinham a sua solução, bem como as embalagens plásticas. Cada uma, porém, atendia às suas particularidades com referência ao material que utilizavam e aos processos de produção.
Nas embalagens de papelão ondulado um “travamento” entre as embalagens é feito por meio de prolongamentos nas paredes verticais (faces), prolongamentos esses que consistem de pequenas “orelhas” nas faces laterais e/ou faces testeiras ou, mesmo nas quinas (arestas) verticais das embalagens, e posicionados no topo da embalagem. No fundo das embalagens de papelão ondulado aberturas apropriadas permitem o encaixe daqueles prolongamentos posicionados no topo da embalagem.
As embalagens de papelão ondulado já tinham uma solução definida, inclusive seguindo critérios já usados em outros países. As embalagens plásticas obedeciam a outros critérios que melhor atendiam às particularidades do material ou processo de fabricação.
O que se pretendia era encontrar uma solução que possibilitasse um “travamento” entre essas embalagens fabricadas com materiais diferentes. Isso foi possível graças a uma adaptação feita nas embalagens plásticas.
Voltando ao início da sugestão: Criar possibilidades para esse empilhamento misto era de interesse da CEAGESP e dos compradores dos produtos distribuídos por ela. Tais produtos (frutas e hortaliças) são transportados tanto em embalagens de papelão ondulado quanto em embalagens fabricadas com material plástico. O comprador transportava as embalagens em um mesmo palete dependendo da variedade de produtos que comercializava e da quantidade de produtos adquirida (obs.: Fabricantes de outros tipos de embalagens, isto é, fabricadas com outros materiais também acompanhavam os estudos).
A integração entre embalagens de papelão ondulado e embalagens plásticas nos moldes que descrevemos acima, entretanto, não se transformou numa realidade, pois não vemos no âmbito da CEAGESP a realização prática daqueles estudos, daquelas sugestões.
Embalagens de papelão ondulado que já possuíam (e possuem) um critério de padronização dimensional (e modular) recomendado para produtos hortifrutícolas por meio de um MANUAL PARA EMBALAGENS HORTIFRUTÍCOLAS DA EMPAPEL, já desde há muito consolidado para esse seguimento, continuam a ser usadas; a adequação com as embalagens de material plástico, entretanto, não se concretizou completamente (falta ainda pôr em prática um sistema de “travamento” entre as embalagens).
Registre-se, portanto, que o aspecto dimensional é o mais importante quando se trata do empilhamento de embalagens e aproveitamento da área 1000×1200 da superfície do palete padrão PBR.
Completando uma informação já apresentada acima: O MANUAL DA EMPAPEL já segue uma prática internacional quanto a modelos das embalagens e dimensões modulares adequadas ao palete 1000×1200 mm.