Julho foi marcado como o mês mais quente da história segundo o Centro Nacional de Previsão Ambiental dos EUA, sinalizando a crescente crise climática global. Diante dessa realidade, a busca por práticas mais sustentáveis torna-se imperativa, principalmente na substituição de materiais fósseis.
Atualmente, 90% do lixo que polui os oceanos vem de resíduos fósseis, os quais levam séculos para se decompor. A transformação desse cenário envolve investir em alternativas ecologicamente corretas em setores variados, desde energia até alimentação.
A indústria brasileira de base florestal, que abrange mais de 9,9 milhões de hectares produtivos, tem se destacado na produção de bioprodutos renováveis, biodegradáveis e recicláveis. Um bom exemplo disso são as embalagens de papel, que se alinham às crescentes demandas sustentáveis dos consumidores.
Um estudo da IBÁ e Empapel revelou que, em 2022, 75,8% do papel para embalagens produzido no Brasil foi reciclado, um aumento expressivo em relação ao ano 2000. Isso demonstra a eficiência e a capacidade de reciclagem do produto e reflete os avanços na lógica de produção e pós-consumo.
Empresas como Klabin, Ibema e Suzano têm lançado iniciativas e projetos voltados para reciclagem, conscientização e educação ambiental, desempenhando um papel crucial na promoção da sustentabilidade.
Entretanto, apesar dos progressos, o envolvimento do poder público é essencial. Atualmente, apenas 18% dos municípios brasileiros contam com coleta seletiva e a Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda não foi totalmente implementada. Para combater a crise climática e assegurar um futuro saudável para as próximas gerações, a sociedade, os governos e a iniciativa privada devem colaborar e investir em soluções sustentáveis.
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