Para este mês, fiz uma análise das exportações brasileiras do segmento de Papel, Papelão, Papel Cartão e demais produtos fabricados com papel e papelão. Em termos temporais, considerei os dados a partir de 2021, ou seja, um horizonte de médio prazo.
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Inicialmente, vamos nos concentrar no comportamento das exportações ao longo do período eleito (figuras 1 e 2). Em termos de volume exportado, tivemos um crescimento de 52% no acumulado do período. Já considerando o valor total das exportações, o aumento foi de 76% (termos nominais). Com relação ao preço médio dos produtos exportados, tivemos forte oscilação, muito em decorrência de variações cambiais, mas também em decorrência das mudanças do País de destino e do tipo de papel exportado. Considerando a janela temporal selecionada, o preço médio do papel exportado cresceu apenas 15%, em termos nominais.

Olhando agora a Figura 3, vemos que a pauta exportadora do Brasil se concentra em apenas três produtos principais (conforme a classificação harmonizada de mercadorias), dos 22 exportados pelo País, no período avaliado. Em termos de mercado de destino (Figura 4), temos uma situação mais pulverizada: o Brasil enviou mercadorias para mais de 200 países, nestes últimos anos, onde os três mais importantes representam apenas 1/3 do volume exportado.

Por fim, a análise final se debruça sobre a logística de exportação. A Figura 5 mostra a alta dependência de embarques por navio e caminhões, já que despachos aéreos e ferroviários somam apenas 1% do montante. Já a Figura 6 mostra os principais locais de saídas dessas exportações. Focando especificamente no local alfandegado onde ocorre a exportação, as empresas brasileiras utilizaram um total de 66 no período, onde mais de 66% do volume se concentrou em apenas três unidades.