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Perspectivas do mercado de madeira em 2025

Incertezas globais e cenários econômicos exigem planejamento estratégico para manter a competitividade no setor madeireiro

Chega em dezembro e as indústrias já estão com seu orçamento pronto para o ano seguinte e com a esperança de entrada de pedidos. Mas a verdade é que estamos terminando 2024 sem saber ao certo como será o mercado de madeira em 2025. Há vários cenários sendo traçados, uns mais otimistas, outros nem tanto.

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A pergunta de um milhão de dólares é: Como vai ser o mercado de madeira em 2025? Está muito difícil tentar prever qualquer tema, sobretudo com as incertezas de como será a política de proteção econômica do nosso maior cliente: os Estados Unidos.

Turbulência à vista!

O que tem se comentado é de uma certa turbulência com o novo governo Trump. Em uma série de palestras sobre o tema, organizada pela Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), usou-se o termo “Trumplência”, numa referência às instabilidades dos mercados externos com a expectativa do protecionismo do mercado interno dos EUA anunciado pelo futuro presidente.

A verdade é que, por ser nosso maior cliente, o mercado de madeira ainda estará refém de como irá se concretizar essas medidas anunciadas por Trump. Empresários do setor estão apreensivos.

As instabilidades são ainda maiores quando se olha o cenário político e econômico global. Conflitos geopolíticos já alteram a forma como os países estão fazendo negócios e muitos estão se fechando para o mercado externo. Seria uma desglobalização? Há estudos que apontam para essa tendência.

Principais destinos das exportações de produtos madeireiros

Como manter a competitividade?

Mas, estando ao lado dos exportadores do setor madeireiro do Brasil, é possível ter esperanças de que ainda teremos oportunidades para 2025. Pelo que tenho conversado com alguns industriais, é possível manter a competitividade, seguindo alguns passos estratégicos.

  • Olhar para dentro das fábricas. Analisar a sua produtividade e custos. Manter esses dois indicadores bem calculados é fundamental. Precisamos analisar com cuidado o aproveitamento da matéria prima, cortar desperdícios e manter uma produtividade excelente. Os custos são a base para a margem de lucro. O período exige muita cautela e acredito que o momento é deixar os custos de produção mais baixos.
  • Matéria-prima. Este é o principal ponto de atenção de muitas fábricas. Sabemos que há uma ampla concorrência pelo estoque de madeira, sobretudo de Pinus. Então, este é o momento de estabelecer parcerias sólidas de fornecimento.
  • Qualidade. Um bom produto é sempre procurado. Certifique a qualidade do seu produto e busque se adequar às normas internacionais. Aposte em certificações para que seus produtos estejam prontos para entrar em mercados exigentes como o dos EUA e Europa.
  • Sustentabilidade. Este é o momento certo para investir em ações sustentáveis para manter a competitividade nesse quesito. O Brasil está muito à frente de outros países, nossos concorrentes, podendo ser destaque se aplicadas regulamentações como a EUDR.
  • Clientes e produtos. Acredito que em 2025 devemos fortalecer a parceria com os clientes da casa, cuidar bem de quem já compra costumeiramente. Devido às incertezas, tudo leva a crer que será muito difícil abrir novos mercados, ou de se criar novos produtos para mercados que ainda não estão aquecidos.
  • Diversificação. Ainda em 2024 muitas empresas apostaram em manter um equilíbrio de entregas para diferentes regiões do planeta, novos mercados surgiram. Depender de apenas um país pode ser muito perigoso, por isso é preciso manter embarques equilibrados para nossos principais destinos: EUA, UE e Ásia. Mas, ao invés de sair desbravando, o mais indicado é buscar por mercados similares, que possam compensar quando um está em queda. O mercado interno também merece atenção e destinar parte da produção para o consumo no Brasil é fundamental.

Um ano pé no chão

Em outras palavras, acredito que para se manter competitivo ano que vem é necessário fazer o básico bem feito. As projeções indicam um ano de desafios no comércio mundial, influenciado por diversos fatores, como as guerras e a inflação.

Podemos dizer que 2025 será pé no chão. A maioria das fábricas com quem converso sobre o tema está bastante atenta ao mercado atual e analisando cuidadosamente os próximos passos. Eu gosto de manter o otimismo e acredito que haverá um momento em que os pedidos voltarão a crescer. Nós só não sabemos quando será. Porém, precisamos estar prontos para atender, assim que ele acontecer.

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